Não há maior liberdade do que a de poder. Poder recomeçar, acabar, fazer silêncio, rir alto, andar nu pela casa, vestir como se quer, comer fruta das árvores, abrir as mãos numa serra alta, apanhar chuva, apanhar sol. Calar-se durante uma discussão. Olhar. Dizer não. Dizer sim. Dizer o que ninguém estava à espera. Ter opinião. Expressar-se.
Uma tirania livre; a tirania é cruel, injusta, e a liberdade também é, para com todos os que não sabem o verdadeiro grito do que é ser-se livre. Tenho pena dos amarrados; amarrados a complexos, a favores, a compromissos ridículos, amizades distorcidas, vergonhas, medos, palmadas nas costas, mal dizeres, enfim... tenho pena dos medíocres, um medíocre nunca será livre. Vai ser sempre pequeno, atado à pequenez. Um Portugal dos pequenitos em forma de alma, e para sempre, e sem encanto, muito menos ...com liberdade.
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