Sou contra qualquer espécie de violência, bem como o uso de armas. Mas, por vezes, paro e tento colocar-me nos olhos e nos músculos das pessoas que vivem sob o cano de um disparo. Obrigados a fugir, a morrer mais fundo que a morte, a verem morrer quem amam, a deixarem-se morrer, mesmo que não morram da arma, morrem da falta da vida que tinham.
São homens contra homens. Os mesmo que suam, amam, riem, choram. São iguais para iguais. Não vou dar exemplos, porque nem sempre os mais mediáticos são os mais dilacerantes. Fico-me pela globalidade da realidade. Há pessoas cuja luz não existe, é a sombra do cano de uma arma.
Depois, volto ao meu mundo, e qualquer espécie de afronta, injúria ou calúnia que me atentem, honestamente, não me faz nada; porque o mundo ensina-me a perspetivar se o que me fazem é assim tão danoso. E na verdade... faz-me rir de pena dos pobres que acham que de algum modo irão magoar, ferir, denegrir...; a mim, tornam-me mais forte, aos olhos do mundo, torna-os ridículos.
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