quinta-feira, abril 02, 2020

SAÍ SEM O MEU SER




Saí cedo de casa. Deixei o ser à mesa. O sol entrava desleixado pela janela. O ser ficou sentado. Ficou bem.

Saí leve de mim. Percorri caminhos verdes, azuis e limpos. Essencialmente limpos. Da vida só quero o que me baste, aos olhos e ao coração. Regressei a casa. O ser estava à janela. Porque era meu, partilhei o que recebi do caminho. Achamo-nos mais inteiros, um do outro.  


Até amanhã.

Quarentena abril 2020

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