Com
o risco do excesso, não vivo sem alecrim. É um arbusto, abunda em Portugal,
gosta de lugares secos, e se o tempo for quentinho, dá flor todo o ano. A
medicina e a farmacêutica gostam do seu uso. Das flores do alecrim retira-se
uma água destilada que se chama: água da rainha da Hungria, sorte da rainha que
desta água faz uso. A flor é singela e de um azul apaixonante. Uso a flor na
minha cozinha, o alecrim nas minhas infusões, nas batatas assadas, no pão
torrado com azeite; coloco-o na mesa, para receber visitas, e ofereço-o sempre a
quem mais gosto. Um vaso de alecrim, é o amor plantado. Os romanos faziam
coroas de alecrim e com elas celebravam divindades. Para o cristão é símbolo de
fidelidade. Para mim, é a melhor expressão da festa.
O
alecrim serve a dor e a alegria. Nos países nórdicos, os caixões são cobertos
de alecrim. Acredito que para perfumar e perpetuar a vida. Eu uso-o sempre para
celebrar. Há um provérbio que nos diz. Quem pelo alecrim passou e dele não
colheu, ou nunca teve amor, ou dele se esqueceu. Eu tenho uns 10 alecrins em
casa, e quando na rua passo por um, apanho sempre um raminho. Enquanto lhe
escrevo, bebo uma infusão perfumada de alecrim. Tenha alecrim perto de si,
porque rapidamente se vai aperceber que aos molhos, só mesmo os de uma vida
boa!
até já
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