Há um momento em senti, agora sou adulto. Quando tive a minha lareira, a acendi, abri um vinho tinto, e usufrui sozinho, à hora que eu quis. Fiz-me homem. É, não foi preciso muito mais.
A liberdade do fazer tem um preço inquestionável. A determinação em conquistar essa liberdade é a prova dos nove de que se é capaz, até pode não apetecer mais. Nunca o lume me aqueceu tanto. Acender uma lareira tem ciência. A lenha miúda no princípio, depois um ou dois paus bem secos e mais adiante um tronco que lhe dê o sustento para o tempo.
Mas o mais importante é que a lenha que vais usar foste tu que a conseguiste. Neste momento és independente. Porque o fogo que te aquece a casa foi gerado por ti.
Parece simples. Eu sei. Mas não é. Há muita lenha verde a ser vendida como seca e tanta lareira que se abafa no próprio fumo.
HR
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