A nossa história é fascinante.
Falo da história individual. O que fomos, o que somos, o que queremos ser. Não
sei explicar o prazer que sinto ao entrevistar pessoas fora das luzes da
ribalta. É apaixonante perceber o que motiva a pessoa, o que a desanima, as
paixões, os vícios, o futuro. Tudo dito sem pensar em estratégias de
comunicação, sensacionalismos, e outros bla bla blas...
Falam porque lhes vem
do coração, o mesmo sítio onde nascem as paixões da nossa história. O ser
humano é extraordinário. Fixo-me sempre no lado nobre e luminoso. Tenho
conhecido gente desprezível, a gente que acha que o dinheiro lhe traz tudo, a
gente que entende que o sucesso é eterno e os torna um pouquinho mais iguais
que os outros, a gente que espezinha, a gente que proíbe quem está
hierarquicamente numa posição inferior de ter qualquer protagonismo, a gente
que diz o que fica bem e nunca diz o que pensa…enfim...essa gente. Mas depois
há aqueles que amam o anonimato e encaram a entrevista como uma forma de
divulgar a obra que até nem é deles, mas pode dar uma ajuda à vida e todos, a
gente que tem orgulho na história que fez com o sangue, suor e lágrimas que na
boca dizemos.
Há a gente da terra, do campo, da cidade, das palavras, dos
abraços, do dar sem esperar, do fazer sem ser para se ver, do sorriso
constante, do acreditar, do partilhar. A gente que desanima e acredita no dia
seguinte. A nossa história é NOSSA, e quando honesta pode ser extraordinária!
Até amanhã!