terça-feira, julho 16, 2013

EU A NU

Ora Viva

Aqui vou eu...

O que me inspira? A luz da manhã. Uma noite de abraços. O cheiro do alecrim. Gosto de laranjas  frescas no Verão. Sou doido por água quando tenho sede, e adoro beber vinho sozinho. Gosto do cheiro   da terra molhada e de andar descalço, é quase um vício. Perco-me por casacos e por peixe fresco. Adoro a praia no Inverno e o sol de Março. 

Gosto de ruas com árvores e de olhar para o topo das árvores no céu. Gosto tanto do ombro da minha mãe e de quando o meu pai, em noites de frio, me puxava as meias para  cima. Gosto do branco e de canetas. Gosto de ouvir a gargalhada dos meus amigos. Adoro adivinhar o que levam as pessoas nos sacos das compras. Gosto de janelas de madeira. Adoro jarras transparentes. Gosto do cheiro dos livros novos e da madeira. Gosto de entrar em casa. Gosto do nome das pessoas.

Gosto que gostem de mim. Perco-me por batatas fritas. Gosto de dar. Gosto de receber. Adoro rasgar os   embrulhos. Gosto de lareira e de meias. Ahhhhh e queijo, sempre. Gosto das  coisas quando me apetecem. Gosto durante  muito tempo, por vezes o tempo todo, das pessoas que gosto há muito e daquelas que       comecei a gostar, gostarei sempre. Gosto de gostar, é isso, gosto muito de gostar.

Até.
Hélder

segunda-feira, julho 01, 2013

Caminhar















Ora viva

O que sentes quando caminhas? Quando tocas com os pés na terra? Quando usas sapatos novos para um dia especial? Caminho, caminho e caminho. Olhas para trás? Para o que os teus pés já fizeram? Às vezes o corpo anda e a alma fica parada, perdida num sítio cheio de casas e ruas chamadas por sentimentos.  E gostas de areia fresca
nos pés descalços numa noite de Verão? E andar para trás? Malditos caranguejos que nos ensinaram a andar para todos os lados, e para mim o caminho deve ser em frente, à procura do destino, se destino houver.

E quando tropeçamos? Confesso, acho um certa piada às quedas, às minhas também, fico sempre com a ideia de que toda a gente na rua está a olhar para mim...e rio-me, assim não haja dor no corpo. Atarantados para evitar cair, ... é também assim na vida. E por vezes tem piada.

E com que pés caminha a nossa alma? Serão de sede? De medo? De determinação? De vento? De espuma do mar? De veludo? Ou de ver onde isto vai dar?

Pés no chão, cabeça no ar!

Abraços

Hélder