Esta é a capa do meu novo livro de poesia. Esta é a capa que guarda o meu corpo despido pelas palavras. É...a poesia despe. Escrevi metade deste livro antes da morte do meu pai, outra metade depois dele morrer. Morte. Vida. Amor. Recomeçar. É a linha deste livro e que ganha força visual pela ilustração do pintor Ruy Silva. Escrevi para me arrumar. Para sossegar a minha alma. Calar o meu luto. Eu não sabia qual era a dor da morte. Já sei. Mas não aprendi. Não quero aprender, e gostava tanto de não ter que repetir esta dor.
Os meus poemas são pequenos. Muito diminutos. São limados e polidos, para terem só o coração das coisas. Nem sempre consigo. Ando no ensaio da vida e no ensaio da escrita. Para quem o ler, espero que goste, já é vosso, não é meu.
Hélder
8 comentários:
Óh Hélder...eu sei qual é essa dor...já perdi várias pessoas da família muito importantes para mim. E dói...muito mesmo! É muito dificil. Fizeste bem arrumar a tua alma, para serenares...conseguiste? Não estás sozinho!
Eu também recorro muito à escrita para me libertar. Mas olha, às vezes acho que liberta só provisoriamente, porque há coisas que nos magoam tanto que não é fácil de as eliminar do nosso interior à primeira. O que te posso dizer...eu dava-te os meus ombros e os meus abraços se estivesse mais perto :( mas como não estou...dou-te as formas de comunicares comigo que já conheces! Sempre que essas dores e essas tristezas...aparecerem e te sofocarem...sempre que estiveres com a alma desarrumada...conta comigo...divide-a comigo (espero que consigas fazer isso :) se o fizeres também me vou sentir bem, livre...:) dou-te os meus ombros (virtuais) e os meus ouvidos (virtuais). Muita coragem, força e ânimo. Bjs enormes. Lara Rocha
Sempre acreditei nas palavras que escrevi, mais do que nas palavras que disse. Nunca me desiludi quando reli as escritas de outrora, muito pelo contrário, descobri o que não sabia de mim. A verdade nua e crua, espelhada nas pequenas letras que procurei equilibrar sobre a ténue linha da vida.
De caneta em punho prossigo, a escrever o mundo que trago em mim.
E por acreditar, sei que um dia, as palavras que o suportam tornar-se-ão visíveis nos olhos de quem as souber ler.
A ti que escreves para te encontrares.
O;D
Não tive ainda oportunidade de o ler.
Não consigo encontrá-lo à venda.
Sinto curiosidade!
A escrita também ajuda-me a consertar.
Não deixes de escrever.
Obrigado por partilhares parte de ti.
Beijos meus.
O;D
Admiro quem tem a capacidade de dizer tudo o que é importante em poucas palavras, e de forma simples. Hélder, os teus poemas podem ser pequeninos, mas mesmo sem ainda ter lido, tenho a certeza que dizem muito...coisas muito bonitas, muito directas, muito profundas e sinceras...Adoro ler-te :) Bjs
Parabéns!!! Gostaria muito de ler o teu livro,mas não sei se consigo encontrá-lo na fenac daqui de minha cidade Curitiba-Brasil... um abraço e te desejo muito sucesso hoje e sempre...Denise!!!
"...o que fazes com a saudade?
– Alimento-a todos os dias."
Gosto... muito!
Sofia
Escreve, escreve para mim. Tenho saudades das tuas escritas. Um beijo inspirado. O;D
Um livro para ser lido na companhia de nós mesmos!!!!!!!!!!
Difícil de o fazer mas excelente de sentir!!!!!
Como te gosto, Hélder!!!!!!!!!!
Xani Noites
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