Ora Viva
Estamos no regresso às aulas. A minha infância escolar não foi muito feliz, tinha um professor que batia valentemete! Por tudo e por quase nada. Como é evidente este facto não era motivador pelo regresso às aulas. Eu berrava de saudades dos 3 meses de férias....e de nada valia..... Nunca percebi o sentido da reguada e do estalo em função da educação, aliás nunca percebi o sentido de qualquer espécie de violência...mas são outros 31...
Mas há memórias que permanecem, os cadernos e livros novos, as canetas novinhas e ainda por roer...e o leite com chocolate que a escola dava...nunca bebi um leite a saber assim, valia cada estalada do meu tenebroso professor...maravilhoso lanche....
Há sabores e memórias que nos ficam e nem sempre pelos melhores motivos.
Já agora bom regresso à escola, a professores e a alunos....
Até breve
6 comentários:
Viva,
É verdade que aquelas estaladas que por vezes até ficavam marcadas na cara (e não assim há tanto tempo) não eram, de acordo com todos os estudos realizados e até o nosso próprio pensamento, a melhor solução para contribuir para uma aprendizagem integral das crianças, e pelo desenvolvimento do seu espírito crítico, autonomia e iniciativa. Aquela que tanto é solicitado nos dias de hoje, caracterizados pelas novas tecnologias, que por outro lado incitam para novas desafios e atitudes. Ainda bem e ainda mal.
Na altura havia demasiado respeito para que se pudesse colocar um professor em causa. Mesmo que fosse um professor sem perfil para o ser. E que de facto devesse ter mais consciência dos seus actos.
É verdade que os professores eram os senhores de si e dos outros, e que as novas gerações chegaram a ganhar mais liberdade de expressão, a capacidade de serem críticos e de opinar sobre tudo. Ainda bem e ainda mal.. Ás vezes em demasia. E os pais assinavam por cima.. mas isso seriam mais 3 horas ..:)
Um coisa parece certa… valores como respeito, solidariedade, partilha, eram bem mais cultivados nesse tempo, porque o respeito pela educação e pelos professores era um ponto assente.
Há tempos tive um jantar de primária, com a nossa grande professora. Na altura, parecia mesmo grande. Agora não tanto. Eu continuo a dizer que emagreceu. Ou então era mesmo pequeno na altura. Todos falámos das suas “belas” estaladas, que de belo nada tinham, mas o que é certo é que estavam ali, naquela mesa, os amigos todos, de longa data, juntamente com ela.. e que bela jantarada.. Há momentos que ficam.. Porque ela soube–nos transmitir a todos o conceito de amizade e a importância das relações interpessoais, mesmo com aquela mão pesada.
Não concordo com esse método. Não.
Com o lanche talvez.. mas nem tudo ia mal.
Porque sou da área? Talvez… mas por vezes tenho pena que não haja um equilíbrio entre conhecimento essencial e transversal.
Um grd abraço.
Anónimo82
Olá Helder!!!
Vamos acordar isto aqui?
Então! Volta as aulas?
Lembro-me da minha infância na escola,meu Deus! Meu maior drama
era justamente na hora de apresentar um trabalho la na frente,nossaa,eu gaguejava e tremia mto meu rosto avermelhava,ficava como um tomate!!
sempre fui mto tímida...e o drama continuava nas horas do recreio...sempre havia algum menino a me chatear...bom vou ficar por aqui,beijo grande...belas memórias!! À todos um bom regresso as aulas!
Olá, olá menino Hélderzinho...
os diminutivos são uma recordação desse tempo? para mim não! Alcunhas sempre tive muitas...algumas bem estranhas mas gostava pois sempre considerei ser a forma carinhosa que aquela pessoa encontrava para me tratar....
Quanto às reguadas e canas felizmente nunca as experimentei.... nem existia na minha sala nenhum exemplar!!
E o leite com chocolate também não era comigo (nunca gostei de leite) =)
Mas este tempinho de chuva faz-me sim recordar... recordar aqueles dias que chegava toda encharcada a casa da avó. Ela com a casa quentinha, roupinha pronta para eu mudar...aquelas meias de lã.... e o tão esperado chá com as torradas com manteiga, acompanhado das aventuras do carro vermelho =)
e depois a vóvó ficava comigo na mesa da sala a fazer os trabalhos de casa!
Os tempos mudam... e hoje já não lhe peço ajuda para resolver os trabalhos de casa MAS faço o chá e as torradas e vivemos histórias diferentes =)
Bons regressos a todos
S.A
As minhas memórias da primária não são as melhores, por acaso...mas não pelas reguadas (apanhei poucas e sem qualquer trauma) nem pela exigencia das professoras (que era muita, mesmo, mas a quem eu devo muito, nomeadamente, o facto de saber escrever sem erros - ou com muito poucos :))
Sei que não me adaptei na perfeição...não sei porquê...
A partir daí, sempre adorei a escola, os colegas, o ambiente, mesmo nos momentos difíceis.
O ciclo, o liceu, a faculdade...
muito boas recordações!!!muito bons amigos, que guardo até hoje
parede num canto, ou escrever quantas vezes o dito professor/a OLÁ Helder!
Mais novo do que eu e experimentou essa "marca de ensinamento", que direi eu... eram bofetadas, reguadas e varadas ou lá o que queiram chamar nas pernas por cada erro que sai-se da minha boca quando cada vez que era chamada(tremia, tinha um nó na garganta)e claro acabava por dizer algo errado...ou os tais castigos onde tinha que ficar virada para aparede num canto, ou escrever quantas vezes o dito professor/a quizesse etc, etc...mas no meio disso tudo havia os recreios onde todos esqueciamos os maus bocados e puxavamos pela nossa imaginacao nas malandrices de garotos e nos nossos jogos, onde dividia o meu lanche ou trocavamos com o coleguinha que tambem nao estava satisfeito com o lanche que a maezinha tinha preparado...onde faziamos amizades...Aprendi depois, quando fui estudar para escola Inglesa que a escola era boa, que os castigos corporais nao existiam, que as aulas especiais serviam para ajudar o aluno a compreender o que lhe foi dificil captar nas aulas assim como tambem lhe ajudar a integrar-se na escola etc...Aprendi que afinal a escola era "fun"...O que deveria ser, "fun" para aprender...
Olá Hélder...também tive uma infância e Adolescência dura...sempre sofri bullyng por parte de colegas, e por parte de uma freira pseudo-professora, que não tinha qualquer pedagogia nem psicologia. Punha-me à frente, juntamente com outros 5 meninos que abuminavamos matemática e dava-nos estaladas na cabeça e na cara...e às vezes no rabo...por não sabermos (ela não atingia que assim era pior...ainda mais detestavamos essa disciplina e a ela, e desmotivamos). O meu pai em casa era igual ou pior! Enfim...um dia, se quiseres/ se tiveres curiosidade conto-te mais! Resumindo...a minha escola nunca foi grande coisa! Só +/- na faculdade, e mesmo aí...! Portanto, sei como te sentias, através do que escreveste neste poema :) Bjnhs Lara Rocha
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