Liberdade sem juízo é pólvora em mãos de menino. Este é um provérbio popular que me deixou parado a olhar para a janela, e hoje está a chover, sabemos bem o quanto a chuva nos faz pensar. Já pensaram na exigência do ser-se livre? A responsabilidade, a boa dose, o medo de pisar o risco, a confusão com libertinagem, as fronteiras, a necessidade constante...
Confesso-vos que, às vezes, me sinto livre, é verdade que nem sempre o mundo me deixa, e ainda não estou maduro para usufruir daquela liberdade interior que nos faz sentir crianças em baloiços de vento...mas depois vem o risco da pólvora em más mãos.....
Quando me sinto livre, parece que o mundo suspira com a minha felicidade, com a minha capacidade de ser festa. Sinto-me sem peso, sem tempo, e tudo me parece tão relativo, tão infinitamente relativo. E há vezes em que este estado de vida incomoda alguns outros seres que deveriam procurar a sua liberdade em vez de roubar o sentido da dos outros, parecem pólvora!
Vamos ser liberdade? Na medida certa? Na vontade própria?